RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"Reflexões sobre a paixão de Jesus Cristo À sombra da Cruz" Santo Afonso de Ligório

Almas devotas, procuremos ao menos imitar a esposa dos Cânticos, que dizia: "Eu
assentei-me à sombra daquele que tanto desejei" (Cânt 2, 3). Oh! Que doce repouso as
almas que amam a Deus encontram nos tumultos deste mundo e nas tentações do
inferno e mesmo nos temores dos juízos de Deus, contemplando a sós em silêncio o
nosso amado Redentor agonizando na cruz, gotejando seu sangue divino de todos os
seus membros já feridos e rasgados pelos açoites, pelos espinhos e pelos cravos. Oh!
Como a vista de Jesus crucificado afugenta de nossas mentes todos os desejos de honras
mundanas, das riquezas da terra e dos prazeres dos sentidos! Daquela cruz emana uma
vibração celeste, que docemente nos desprende dos objetos terrenos e acende em nós
um santo desejo de sofrer e morrer por amor daquele que quis sofrer tanto e
morrer por amor de nós.
Ó Deus, se Jesus Cristo não fosse o que ele é, Filho de Deus e verdadeiro Deus nosso
criador e supremo senhor, mas um simples homem, quem não sentiria compaixão vendo
um jovem de nobre linhagem, inocente e santo, morrer à força de tormentos sobre um
madeiro infame, para pagar, não os seus delitos, mas os de seus mesmos inimigos e
assim libertá-los da morte em perspectiva? E como é possível que não ganhe os afetos
de todos os corações um Deus que morre num mar de desprezos e de dores por amor de
suas criaturas? Como poderão essas criaturas amar outra coisa fora de Deus? Como
pensar em outra coisa que em ser gratos para com esse tão amante benfeitor? "Oh! Se
conhecesses o mistério da cruz!", disse Santo André ao tirano que queria induzi-lo a
renegar a Jesus Cristo, por ter Jesus se deixado crucificar como malfeitor. Oh! Se
entendesses, tirano, o amor que Jesus Cristo te mostrou querendo morrer na cruz para


satisfazer por teus pecados e obter-te uma felicidade eterna, certamente não te
empenharias em persuadir-me a renegá-lo; pelo contrário, tu mesmo abandonarias tudo
o que possuis e esperas nesta terra para comprazeres e contentares um Deus que tanto te
amou. Assim já procederam tantos santos e tantos mártires que abandonaram tudo por
Jesus Cristo. Que vergonha para nós, quantas tenras virgenzinhas renunciaram a
casamentos principescos, riquezas reais e todas as delícias terrenas e voluntariamente
sacrificaram sua vida para testemunhar qualquer gratidão pelo amor que lhes
demonstrou este Deus crucificado.
Como explicar então que a muitos cristãos a paixão de Cristo faz tão pouca impressão?
Isso provém do pouco que consideram nos padecimentos sofridos por Jesus Cristo por
nosso amor. Ah, meu Redentor, também eu estive no número desses ingratos. Vós
sacrificastes vossa vida sobre uma cruz, para que não me perdesse, e eu tantas
vezes quis perder-vos, ó bem infinito, perdendo a vossa graça! Ora, o demônio, com
a recordação de meus pecados, pretenderia tornar-me dificílima a salvação, mas a vista
de vós crucificado, meu Jesus, me assegura que não me repelireis de vossa face se eu
me arrepender de vos haver ofendido e quiser vos amar. Oh! Sim, eu me arrependo e
quero amar-vos com todo o meu coração. Detesto aqueles malditos prazeres que me
fizeram perder a vossa graça. Amo-vos, ó amabilidade infinita, e quero amar-vos
sempre e a recordação de meus pecados servirá para me inflamar ainda mais no vosso
amor, que viestes em busca de mim quando eu de vós fugia. Não, não quero mais
separar-me de vós, nem deixar mais de vos amar, ó meu Jesus. Maria, refúgio dos
pecadores, vós que tanto participastes das dores de vosso Filho na sua morte, suplicai-
lhe que me perdoe e me conceda a graça de o amar.
Santo Afonso de Ligório

"Reflexões sobre a Paixão de Jesus Cristo"
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