RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

BEATO PEDRO DONDERS



Pedro Donders nasceu no dia 27 de outubro de 1809, num povoado muito
pobre, e pou­ca distância da ci­dade de Tilburg, no sul da Holanda. Seu
nascimento significava uma entrada bastante triste no mundo da miséria
na qual quase toda a po­pulação vivia. Ha­vendo, naquele tempo, um
modesto início de indus­trialização (tecela­gem), então todos os
empresários usavam a indústria doméstica de gente que tinha um tear em
casa, para fazer tecidos. Era um meio de vida para a família, a qual vivia
num casebre de um só família era profundamente católica.
Aos doze anos, Pedro deixou a escola primária para trabalhar como tecelão

doméstico. Nos seus momentos de folga, organizava catecismo par as
crianças e recebeu a sua nomeação oficia como catequista. Assim
começou a caminha-pouco a pouco, na direção do sacerdócio.
Para conseguir a realização desses seus sonhos, existiam, ainda, muitas

dificuldades saúde fraca, pobreza da família que devia ajudar a sustentar, e
suas capacidades intelectuais bastante modestas. Possuía, porém, a for­ça
da oração e doação total ao Senhor Deus a aos seus irmãos mais pobres.
Depois de várias tentativas de ingressar numa congregação religiosa, e não

ser aceito, por causa da saúde e da idade, finalmente foi admitido em um
seminário diocesano.
Um certo dia, o Prefeito Apostólico de Suriname visitou o seminário. Ele

descreveu, em cores vivas, a situação espiritual desesperada daquele
mundo, fazendo um apelo dramático ao  estudantes de se prontificarem
para as missões em Suriname. O único disponível que se apre­sentou foi
Pedro Donders. No dia 15 de junho da 1841, Pedro foi ordenado sacerdote.
Tinha 31 anos de idade. Um ano após a ordenação deixou a sua pátria para
nunca mais revê-la. Chegando para o Suriname, durante catorze anos,
traba­lhou em Paramaribo, a capital. Foram atividades pastorais no meio
dos mais abandonados. Visitava barracos miseráveis dos escravos que
viam no abismo da miséria humana.
Em 1856, Pe. Pedro recebeu a nomeação para cuidar dos leprosos em

Batávia, numa espécie de reclusão para os excluídos da sociedade. A
situação dos leprosos em Batávia era tão horrível e repelente que os
antecessores do Pe. Pedro tínham aguentado, no máximo, um ano. O seu
trabalho do dia-a-dia consistia em ajudar o seu irmão mais abandonado.
Após as suas orações a celebração da missa, ele visitava os enfermos e
fazia tudo para eles: cortava lenha trazia água, sustentava os corpos quase
apodrecidos para poder beber, lavava os panos echercados de sangue e
pus, desinfetava e aplicava curativos nas feridas repelentes, que espalhava
um cheiro insuportável. O Pe. Pedro fez isso com paciência durante vinte e
sete anos! Em 1865, chegavam os primeiros missinários redentoristas para
o Suriname. O Pe. Pedro, a seu pedido, foi aceito para o noviciado
redentorista. Já com 58 anos de idade, fez a sua profissão religiosa. Como
missionário redentorista retornou para os seus leprosos,em Batávia.
Pe. Pedro pediu que lhe fosse dada licença para trabalhar entre os índios.

Assim, a cada ano, durante seis meses viajava pelas selvas à procura de
índios. Para o seu apostolado entre eles, Pe. Pedro, já com sessenta anos
de idade, aprendeu a arte de tocar sanfona, para atrai-los e para
ensinar-lhes a música, organi­zando para eles escolas. Hoje em dia, quase
todos os índios do Suriname são católicos; isso se deve, em grande parte -
ao trabalho heróico e pioneiro do Pe. Pedro - o apóstolo dos índios.
Pouco tempo antes da sua morte, com 77 anos de idade, mudou novamente
para a Colónia dos Leprosos. No dia 14 de janeiro de 1887, o Pe. Pedro
Donders entregou a sua alma a Deus com plena lucidez e orando
fervorosa­mente.
O seu enterro tomou-se uma cerimónia comovente: todos os leprosos
participaram, ca­minhando ou arrastando-se até o Cruzeiro onde foi
sepultado.
No dia 23 de maio de 1982, o Papa João Paulo II o proclamou
bem-aventurado (beato). A vida do Pé. Pedro Donders pode ser resumida
com as palavras do Evangelho:
"Porque olhou para a humildade do seu servo; és que doravante todos as
gerações o proclamarão bem-aventurado, porque o Todo-poderoso fez nele
grandes coisas..."
(Cf.   Lc 1,48-49).


São Pedro Calungsod




Nascimento 1654 em Visayas, Filipinas
Morte 2 de abril de 1672 em Guam
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 5 de março de 2000, Basílica de São Pedro, Vaticano por: Papa João Paulo II
Canonização 21 de outubro de 2012, Basílica de São Pedro, Vaticano por: Papa Bento XVI
Festa litúrgica 2 de abril
 

Jovem leigo, catequista e mártir
Pedro Calungsod (1654-1672), leigo, catequista, jovem mártir das Filipinas,
beatificado por João Paulo II, faz parte dos futuros santos, cuja
canonização foi aprovada por Bento XVI.
Tendo sido reconhecido o seu martírio, sua causa não precisava de outro
milagre para a beatificação. No entanto, foi documentada uma primeira
cura que aconteceu depois de invocá-lo: a cura de uma mulher que tinha
câncer nos ossos. Ela participou da sua beatificação, no dia 5 de março de
2000, na Praça de São Pedro.
Mas era preciso outro milagre, acontecido depois de sua beatificação para
abrir o caminho para a canonização. O milagre que permitiu este passo
aconteceu em 2003 no hospital na cidade de Cebu: uma mulher
considerada morta, depois de duas horas, voltou à vida após a invocação
do bem-aventurado mártir jovem.
Sua vida foi uma mudança contínua no serviço do Evangelho. Era original
de Molo, bairro chinês da cidade de Iloilo. Em seguida, partiu para Cebú,
também no centro do arquipélago, para proclamar o evangelho lá. Estudou
com os jesuítas de Loboc, na ilha de Bohol. Em 1668, viajou para Guam, no
arquipélago das Ilhas Marianas, para se juntar a uma das missões dos
jesuítas espanhóis. Com o beato Diego San Vitores (1627-1672),
catequizaram os Chamorros.
Mas um comerciante chinês, chamado Choco, fez circular o boato de que a
água batismal foi envenenada. Então, uma criança que tinha sido batizada
morreu e os missionários tornaram-se os responsáveis. Choco foi apoiado
pelos “homens médicos”, o “macanjas” e pelos “jovens homens”, os
“urritaos” que desprezavam os missionários.
No dia 2 de abril de 1672, os missionários foram para a aldeia de Tumon
para batizar a filha do chefe Mata’pang que recusou de repente. Mas eles
foram em frente, tendo recebido autorização da mãe da criança.
Liderados por Mata’pang e pelo chefe Hurao, os assassinos caçaram
Calungsod e San Vitores, ao longo da praia, e os fizeram prisioneiros.
Imediatamente mataram o jovem Pedro com uma espada e Diego com um
“bolo” uma tradicional faca em forma de folha, mutilando seus corpos e
jogando-os no mar.
Pedro Calungsod será o segundo católico das Filipinas reconhecido santo,
depois da canonização de São Lorenzo Ruiz, em 1987.