RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

25 de agosto Santa Patrícia



Santa Patrícia
Patrícia era descendente do imperador Constantino, o Grande. Nasceu no início do século VII, em Constantinopla, e foi educada para a Corte pela sua dama Aglaia, uma cristã muito devota. A pequena cresceu piedosa e, apesar da pouca idade, emitiu voto de virgindade a Cristo. Mas para manter-se fiel teve de fugir da cidade, porque seu pai, Constante II, então imperador, insistia em impor-lhe um matrimônio.

Patrícia, ajudada por e em companhia de Aglaia, com algumas seguidoras, escondeu-se por algum tempo. Depois, embarcaram para as ilhas gregas, com destino à Itália, onde desembarcaram em Nápoles. Patrícia ficou encantada com o local e indicou o lugar onde gostaria de ser sepultada. Em seguida, patrocinou a cidade ajudando a ornamentar muitas das novas igrejas, que eram desprovidas dos objetos litúrgicos essenciais, e auxiliou financeiramente os conventos que atendiam os pobres e doentes.

Só então viajou para Roma com Aglaia e as fiéis discípulas, onde procurou proteção junto ao papa Libério. Foi quando soube que seu pai já se havia resignado à sua vontade. Recebeu, então, o véu, símbolo de sua consagração a Deus, das próprias mãos do sumo pontífice. Assim, elas retornaram a Constantinopla para Patrícia renunciar ao direito à coroa e distribuir seus bens aos pobres, antes de seguirem, em peregrinação, para a Terra Santa.

Porém outros incidentes ocorreram. A embarcação distanciou-se dos vários perigos e desgovernou-se até espatifar-se nos rochedos da costa marítima de Nápoles. Precisamente na pequena ilha de Megaride, também conhecida como Castel dell'Ovo, onde havia um pequeno convento, no qual Patrícia morreu depois de algum tempo.

Os funerais de Patrícia, segundo os registros, foram organizados pela fiel Aglaia e transcorreram de modo solene, com a participação do bispo, do duque da cidade e de imensa multidão. O carro, puxado por dois touros sem nenhum guia, parou diante do mosteiro das irmãs basilianas, dedicado aos santos Nicandro e Marciano, que Patrícia indicara para ser sepultada. Lá as relíquias permaneceram guardadas pelas irmãs que passaram a ser chamadas de "patricianas", ou Irmãs de Santa Patrícia. Mais tarde, os basilianos transferiram as Regras para as dos beneditinos e essas irmãs também acompanharam a renovação.

Para retribuir o carinho da santa que retornou a Nápoles só para ser sepultada, a população difundia sempre mais seu culto, tornando-o forte e vigoroso. Em 1625, santa Patrícia foi proclamada co-Padroeira de Nápoles, sendo tão comemorada quanto o outro padroeiro, são Genaro, o célebre mártir.

Por motivos históricos, em 1864 suas relíquias foram transferidas para a capela lateral da esplêndida igreja do Mosteiro de São Gregório Armênio. A Igreja confirmou o culto santa Patrícia no dia 25 de agosto.

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 VIDA DOS SANTOS DE DEUS - VOL.1 - RELATA A VIDA DE 5 SANTOS:
- SANTA CLOTILDE
- SANTA PATRÍCIA
- SÃO BRÁS
- SANTA ANASTÁCIA
- SÃO Patrício da Irlanda



25 de agosto São José Calasanz



São José Calasanz

José Calasanz nasceu num castelo de Peralta de La Sal, em Aragão, na Espanha, em 31 de julho de 1558. Procedente de uma família nobre e muito religiosa, ele foi educado no rigor do respeito aos mandamentos de Deus. Desde cedo, mostrou sua vocação religiosa, mesmo contrariando seu pai, que o queria na carreira militar. José tanto insistiu que foi enviado para estudar teologia na Universidade de Valência, para concluir seu propósito de servir a Deus. Ao terminar os estudos, aplicou-se nos exercícios de piedade e práticas de penitência a fim para manter-se longe das tentações e no seguimento de Cristo.

Recebeu a ordenação sacerdotal em 1583, embora sem a presença do pai, que ainda não cedera à sua vocação. Inicialmente, foi para um mosteiro, desejando uma vida de solidão. Mas seu bispo, percebendo nele um alto grau de inteligência, disse-lhe que sua missão era a pregação. Assim, dedicou-se à atividade pastoral, sendo muito querido por todos os fiéis e bispos, que lhe davam vários encargos importantes a serem executados junto à Santa Sé.

Em 1592, José Calasanz encontrou o caminho para a sua vocação: a educação e formação de jovens pobres e abandonados. Inicialmente, como membro da Confraria da Doutrina Cristã, atuando junto aos jovens pobres da paróquia de Santa Dorotéia, onde era vigário cooperador. Em 1597, fundou a primeira escola gratuita para crianças pobres, seguindo entusiasmado pelo grande número de voluntários que se agregavam à obra. Assim, em 1621 fundou a Congregação dos Clérigos Pobres Regulares da Mãe de Deus das Pias Escolas, clérigos regulares que têm um quarto voto: o comprometimento com a instrução dos jovens.

O grande reconhecimento das escolas pias de Roma fez com que se espalhassem por toda a Itália, alcançando a Espanha, Alemanha, Polônia e Morávia. Mas, apesar do incontestável sucesso da nova Ordem, nos últimos anos de sua vida José teve de passar por uma terrível provação. Caluniado perante o Santo Ofício, foi julgado, deposto do cargo e a nova Congregação ficou sem aprovação.

Entretanto José, humildemente, aceitou tudo sem revoltar-se. Morreu no dia 25 de agosto de 1648, aos noventa anos de idade, animando os seus sacerdotes para não desistirem da Ordem. Somente oito anos depois de sua morte o papa Alexandre VI reconheceu que ele era inocente e aprovou as regras da Ordem. Como o fundador previra, ela ressurgiu mais vigorosa do que antes.

A ele foram atribuídas muitas intercessões em milagres e graças, sendo canonizado em 1767. O culto a são José Calasanz ocorre no dia de sua morte. Desde 1948, ele é celebrado em todo o mundo cristão como Padroeiro das Escolas Populares, conforme foi proclamado pelo papa Pio XII

25 de agosto São Luiz IX

São Luiz IX
Luís IX, rei da França, nasceu no dia 25 de abril de 1215, no castelo real de Poissy. Era filho de Luís VIII e de Branca de Castela, ambos piedosos e zelosos, que o cercaram de cuidados, especialmente após a morte do primogênito. Trataram pessoalmente da sua educação e formação religiosa. Foram tão bem sucedidos que Luís IX tornou-se um dos soberanos mais benevolentes da história, um fervoroso cristão e fiel da Igreja.

Com a morte prematura do seu pai em 1226, a rainha, sua mãe, uma mulher caridosa, de grandes dotes morais, intelectuais e espirituais, tutelou o filho, que foi coroado rei Luís IX, pois ele era muito novo para dirigir uma Corte sozinho. Tomou as rédeas do poder e manteve o filho longe de uma vida de depravação e de pecado, tão comum das cortes. Mas Luís, já nessa idade, possuía as virtudes que o levaram à santidade - a piedade e a humildade -, e que o fizeram o modelo de "rei católico".

Em 1235, casou-se com Margarida de Provença, uma jovem princesa, que, assim como ele, cultivava grandes virtudes. O marido reinou com justiça e solidariedade. Possuía um elevado senso de piedade, incomum aos nobres e poderosos de sua época. Tinha coração e espírito sempre voltados para as coisas de Deus, lia com freqüência a Sagrada Escritura e as obras dos santos Padres e aconselhava-as a todos os seus nobres da Corte. Com o auxilio da rainha, fundou igrejas, conventos, hospitais, abrigos para os pobres, órfãos, velhos e doentes. O casal real teve dez filhos, todos educados como eles e por eles. E o resultado dessa firme educação cristão foram reis e rainhas de muitas cortes, que governaram com sabedoria, prudência e caridade.

Depois de ter adquirido de Balduíno II, imperador de Constantinopla, a coroa de espinhos de Cristo, que, segundo a tradição, era a mesma usada na cabeça de Jesus, ele mandou erguer uma belíssima igreja para abrigá-la numa redoma de cristal. Trata-se da belíssima Sainte-Chapelle, que pode ser visitada em Paris.

Acometido de uma grave doença, em 1245 Luís IX quase morreu. Então, fez uma promessa: caso sobrevivesse, empreenderia uma cruzada contra os turcos muçulmanos que ocupavam a Terra Santa. Quando recuperou a saúde, em 1248, apesar das oposições da Corte, cumpriu o que havia prometido. Preparou um grande exército e, por várias vezes, comandou as cruzadas para a Terra Santa. Mas em nenhuma delas teve êxito. Primeiro, foi preso pelos muçulmanos, que o mantiveram no cativeiro durante seis anos. Depois, numa outra investida, quando se aproximava de Tunis, foi acometido pela peste e ali morreu, no dia 25 de agosto de 1270.

Os cruzados voltaram para a França trazendo o corpo do rei Luís IX, que já tinha fama e odor de santidade. O seu túmulo tornou-se um local de intensa peregrinação, onde vários milagres foram observados. Assim, em 1297 o papa Bonifácio VIII declarou santo Luís IX, rei da França, mantendo o culto já existente no dia de sua morte.

VAIDADE: VAZIO PROFUNDO



Como pregava São Vicente Ferrer

Vicente Ferrer percorria nas asas de seu ardente apostolado cidades e vilas. Quando sua voz cheia de unção ameaçava castigos ou prometia prêmios eternos, os ouvintes rompiam em soluços e de seus olhos brotavam lágrimas de arrependimento. Ninguém resistia à sua palavra de fogo. Uma vez teve de pregar diante de um grande senhor numa festa solene e aparatosa. Vicente esqueceu-se naquele dia de beber em suas fontes costumeiras e consultou autores, folheou livros eruditos e preparou períodos eloqüentes. O sermão saiu de seus lábios perfeito, magnífico.

Aquele grande senhor quis ouvi-lo de novo no dia seguinte. O Santo, arrependido de sua vaidade da véspera, foi prostrar-se, como era seu costume, aos pés do Crucifixo, e preparou-se na meditação e na presença de Deus. Subiu ao púlpito e pregou. Sua palavra foi como sempre cheia de calor e de unção.

Terminado o sermão, disse-lhe o grande senhor:

— Hoje gostei mais do seu sermão; o senhor falou com outra convicção e com outro ardor...

— Senhor — replicou humildemente o Santo — ontem pregou Vicente, hoje pregou Jesus Cristo!

A vaidade feminina

Santa Rosália, em seus verdes anos, passava diariamente muito tempo, horas a fio, diante do espelho a enfeitar-se. Um dia, vendo refletir-se no espelho um Crucifixo que estava suspenso à parede oposta, pôs-se a pensar no contraste entre as suas vaidades e as humilhações do Salvador, entre o seu corpo amimado e o de Jesus dilacerado pelos açoites e espinhos... Movida pela graça, deixou Rosália as vaidades e vãos adornos e daí em diante levou uma vida de abnegação e sacrifício, chegando a grande santidade.

Pedras de Mármore

Conta-se que em Gênova, a soberba cidade dos ricos e famosos cemitérios, vivia uma velha vendedora de frutas, cujo maior desejo e máxima aspiração era Ter, depois da morte, um famoso mausoléu. Para esse fim passava a vida ajuntando centavo por centavo, economizando, impondo-se inúmeras privações e vivendo miseravelmente.

Ajuntara, afinal, a soma necessária e, após a morte, teve realmente a sua pedra de mármore, o seu ambicionado e rico mausoléu.

E, todavia, a maior parte dos ricos e mormente dos avarentos não são ainda mais néscios? Não vivem trabalhando, lutando e economizando para que outros, depois de sua morte, gozem de suas economias, desfrutem suas riquezas? E eles com que se contentam? Com alguns pedaços de pedras, a que pomposamente se dá o nome de mausoléu!...

Contempla-se ao espelho pela última vez

Na cidade de Florença vivia uma jovem. Que vaidosa que era! Só pensava em pentear a sua formosa cabeleira, acariciar e aformosear a sua carne. Diante do espelho, diariamente passava longas horas contemplando-se e estudando o grave problema de encontrar um meio de fazer sobressair ainda mais a sua graça e formosura...

Mas, por detrás do espelho, a enfermidade a espreitava... Meteu-lhe as garras e prostrou-a no leito de dores. A febre consumia todos os seus ossos e, dentro de poucos dias, de toda a sua beleza não restava mais que um rosto lívido e um punhado de ossos descarnados.

E por detrás da enfermidade apresentou-se, com sua terrível caveira e com seus ossos esqueléticos, a morte. Aquela jovem não contava mais que vinte anos e, no entanto, tinha de despedir-se da vida e de todas as coisas mundanas que tanto amava.

Disseram-lhe com delicadas palavras que o seu estado era muito grave e que, por isso, devia preparar-se para comparecer diante de Deus... A vaidosa jovem lançou um grito de dor. Olhou para trás e viu que perdera tristemente a vida esquecendo-se de Deus... Olhou para frente e compreendeu que estava a dois passos do Juiz dos céus e da terra, a quem terá de dar contas de todas as suas vaidades... Estava às portas do céu ou do inferno!

A consciência dizia-lhe aos gritos que muito tinha que temer por sua salvação eterna...

A febre converteu-lhe a cabeça numa fornalha de fogo. Saltou da cama, abriu seus cofres e seus armários, tirou os vestidos mais preciosos e as jóias mais ricas e começou a vestir-se e a enfeitar-se como naquelas noites em que se preparava para ir aos bailes e teatros... Como louca, e sustentada pela mesma febre, penteou-se e arranjou-se com toda a elegância... Contemplou-se ao espelho e pôs-se a exclamar: “Como sou formosa! Como sou formosa!... E queriam enterrar-me a mim, a mulher mais formosa do mundo! Não, não... quero viver, quero viver... Venham minhas jóias, minhas pérolas, meus vestidos, meu anéis, minhas pulseiras, meus colares...”

E fora de si, arrojava-se a todos os seus cofres, armários e baús, e tirava os seus tesouros e apertava-os contra o coração e beijava-os com loucura...

Sim, estava louca! E louca continuou por alguns dias, e louca morreu... E metida num caixão, e vestida com uma pobre mortalha, levaram-na à sepultura.

Eis aí a verdade: A vaidade humana tem que deixar todos os seus tesouros nas garras frias e cruéis da morte.