RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

sábado, 13 de agosto de 2011

MARIA SANTÍSSIMA KIBEHO, RUANDA (1981)



Nossa Senhora de Kibeho

“Je suis la Mère du Verbe.” (Sou a Mãe do Verbo).
Maria Santíssima em Kibeho
Ilustração de Maria Santíssima, conforme descrita pelas oito jovens crianças que a viram durante as aparições em Kibeho, na África

Entre outros fatores, existem duas importantes características nas profecias de Maria Santíssima em Suas mensagens pelo mundo: as referências aos apocalipses locais (geralmente referentes ao país ou região onde Ela se apresenta) e as referências ao apocalipse final, enunciado por Jesus e os grandes profetas.
Transcreveremos, a seguir, uma dessas mensagens referentes a um apocalipse local. Dessa vez concretizado integralmente na África, e exatamente conforme profetizado pela Santíssima Virgem por meio de aparições, mensagens, “viagens místicas”, curas milagrosas e sinais atmosféricos.
Em 1978, Ruanda era a nação mais densamente povoada da África. Com quase cinco milhões de habitantes a população era dividida em três grupos étnicos: os hutus representando 85% da população; os tutsis com 15% e os twas, cerca de 1%. As línguas oficiais são o quiniarunda e o francês (este idioma devido a antiga ocupação belga de Ruanda).

Os descendentes dos hutus sempre cultivaram ódio aos descendentes dos tutsis

Massacre
Os descendentes dos hutus sempre cultivaram ódio aos descendentes dos tutsis. Em conseqüência desse ódio, periodicamente desencadeia-se uma fúria violenta

No passado, os tutsis minoritários (que falam uma língua nilótica) foram os suseranos tradicionais da maioria hutu (que fala banto). Os descendentes dos hutus sempre cultivaram ódio aos descendentes dos tutsis. Em conseqüência desse ódio, periodicamente desencadeia-se uma fúria violenta.
Metade dos ruandeses mantém-se fiel a suas antigas crenças animistas. A maioria da outra metade é formada por cristãos, 52% dos quais são católicos romanos, com minoria protestante, adventista e muçulmana.
A capital e também maior cidade de Ruanda central é Kigali. Situada a cinqüenta quilômetros a sudoeste fica Butare, a segunda maior cidade e sede de uma arquidiocese católica.
A oeste de Butare está o povoado de Kibeho, onde ficam uma igreja e os prédios escolares das irmãs de caridade ruandesas Benebekira.
Este é o cenário para mais uma incontestável intervenção de Maria Santíssima que previu com antecedência de mais de uma década um terrível episódio que assolaria aquela região.

 

 

 

“Je suis la Mère du Verbe” (Sou a Mãe do Verbo)

Alphonsine
Alphonsine Mumureke, de 17 anos. Em seu êxtase, sua expressão revela a grande alegria por poder ver e conversar com Maria Santíssima

Era o sábado do dia 28 de novembro de 1981, pouco depois do meio-dia. Alphonsine Mumureke, então com 17 anos, almoçava no refeitório juntamente com as alunas da escola secundária de Kibeho. Naquele dia, ela estava encarregada das orações.
Conforme ela própria anotasse mais tarde em seu diário, sentia-se feliz, embora ansiosa.
Várias vezes ouvira uma voz suave que chamava:
“Minha filha, minha filha”.
Após hesitar um pouco, Alphonsine atendeu o chamado e dirigiu-se a um corredor próximo, de onde parecia ouvir a voz. Repentinamente, ajoelhou-se e fez o sinal da cruz.
— “Estou aqui”, disse Alphonsine.
Nesse momento a “Senhora de Luz” apareceu diante dela e aconteceu uma conversa inusitada:
— Quem é a senhora?
— “Je suis la Mère du Verbe.” (Sou a Mãe do Verbo).
O início desse diálogo causou dificuldade porque ninguém tinha entendido realmente o que significava “Mãe do Verbo”. Nas línguas neo-latinas, “verbo” significa também “palavra”. “Sou a Mãe da Palavra” é uma tradução correta. E também concernente à descrição bíblica quando refere-se a Jesus Cristo, o “verbo de Deus”, “palavra de Deus” ou “verbo que se fez carne”.

Ao valer-Se da expressão "Mãe do Verbo", Nossa Senhora vem pessoalmente confirmar mais um dogma exclusivo da Igreja de Seu Filho

Agnes
Agnes Kamagaju, nascida em 1960. Suas aparições duraram de 1 de agosto até 21 setembro de 1982. Viu Nosso Senhor e Sua Mãe. Nessa foto, em êxtase, durante uma das aparições transmitidas pela Rádio Ruandense

Vemos que ao valer-Se da expressão "Mãe do Verbo", Nossa Senhora vem pessoalmente confirmar um dogma exclusivo da Igreja de Seu Filho, conforme fizera em 1830 para Catarina Laboure e também em outras manifestações pelo mundo.
Logo essa pequena confusão se desfez quando a Virgem Santíssima perguntou a Alphonsine:
— O que você procura [ou prefere] na religião?
Ao que Alphonsine respondeu testemunhando com toda naturalidade uma das mais singelas e convictas profissões de fé: “Amo a Deus e a Mãe dele, que nos deu um Filho que nos salva!”
— É por isso, falou a Senhora, que venho tranquilizá-la, pois ouvi suas preces. Eu gostaria que suas colegas tivessem mais fé, pois elas não crêem o suficiente.

“Mãe do Salvador!”, respondeu Alphonsine, que agora reconhecera a Virgem. “Se verdadeiramente é a senhora, a senhora que vem dizer que em nossa escola temos pouca fé, é porque nos ama!"

Pátio da escola
Foto da multidão durante uma das aparições, no pátio da escola de Kibeho

“Mãe do Salvador!”, respondeu Alphonsine, que agora reconhecera a Virgem. “Se verdadeiramente é a senhora, a senhora que vem dizer que em nossa escola temos pouca fé, é porque nos ama! Estou realmente cheia de alegria porque a senhora veio a mim.” E, então, a Mãe de Jesus, “cheia de sorrisos”, elevou-se e desapareceu. (1)
Já de início, ao contar sua experiência para suas companheiras, Alphonsine imediatamente começa a viver as dificuldades de todo vidente de Maria Santíssima. Sua história não foi bem recebida. Foi caçoada e humilhada. Uma das colegas acusou-a de querer se sobressair por não ser originária da região de Kibeho e por ser uma instrusa que entrara na escola depois do início das aulas.
Diversas aparições se sucederam. Alphonsine adquiriu aquela tenacidade característica dos videntes de jamais recuar ou se retratar. Como o fenômeno impressiona, suas colegas passaram a se ajoelhar e rezar com ela, embora não vissem a aparição.

Outras vinte pessoas da área de Kibeho alegaram ter visto a Mãe de Jesus e no mínimo mais dez em outras partes do país 

Vestine
Vestine Salima, nascida em 1960. Relatou em seu diário que no início viu aparições de Jesus e mais tarde de Maria. Em um de seus êxtases, durante uma hora e sem se mover, recitou o rosário com os braços abertos, em forma de cruz

Em 12 de janeiro de 1982, Anathalie Mukamazimpaka viu Nossa Senhora e entrou no mesmo êxtase que Alphonsine.
Isso aumentou o entusiasmo e a consternação no povoado de Kibeho. Marie-Claire Mukagango, confidente de Dom Gahamany, bispo da arquidiocese de Butare se opôs tenazmente.
A situação foi ficando cada vez mais delicada até que no dia 2 de março de 1982, quando Marie-Claire Mukagango também passou a ver a aparição.
Mas não parou aí. Uma das características mais surpreendentes dos fenômenos marianos ainda ocorreria: outras pessoas passariam a entrar em êxtase e a compartilhar simultaneamente a visão.
Em julho, também viram a aparição: Segatshaya, jovem que ainda não era cristão, e outro garoto, Valentine, além de mais quatro garotas — Agnes, Vestine, Stephaine e outra Agnes, mais jovem que a primeira. Assim, os videntes principais seriam oito.
Entretanto, outras vinte pessoas da área de Kibeho alegaram ter visto a Mãe de Jesus e no mínimo mais dez em outras partes do país.

Segundo relatórios da comissão de investigação, durante esses êxtases com a Mãe Santíssima jovem e luminosa, os videntes se viam em outro mundo, uma vasta extensão de campinas verdejantes, cobertas de umidade e orvalho cintilantes

Alphonsine em êxtase
Alphonsine em êxtase, durante aparição da Santíssima Virgem em Kibeho

Como é de praxe, todos os videntes principais foram inquiridos e submetidos a testes, juntos e separados. Com algumas ligeiras diferenças nas descrições sobre o aspecto de Maria, quer juntos ou separados, todos, unânime e ardorosamente, concordaram sobre um ponto incomum em outras aparições.
Durante as aparições eram arrebatados para uma paisagem maravilhosa, bem diferente da desolada região de Kibeho e Butare, quase tão inteiramente despojada de vida vegetal.
De acordo com os relatórios da comissão de investigação, durante esses êxtases com a Mãe Santíssima jovem e luminosa, os videntes se viam em outro mundo, uma vasta extensão de campinas verdejantes, cobertas de umidade e orvalho cintilantes. Suaves luzes cor-de-rosa e de outras cores brilhavam nesse outro céu.

Todos os videntes foram "testados" quando entravam nesses seus intensos transes extasiados e perdiam o contato com “este mundo”

Fenômenos
Os videntes, durante os êxtases, foram feridos com canetas e pontas de faca. Fósforos e velas acesas eram aplicados em suas mãos e também objetos sob as unhas. Lanternas eram voltadas diretamente para seus olhos arregalados, mas as pupilas não se contraíam nem dilatavam

Nessa paisagem, completamente diferente da de Kibeho, havia flores por toda parte, radiosas e resplandecentes. A Virgem flutuava acima dos videntes, razão pela qual todos inclinarem a cabeça para trás e olharem quase diretamente para cima. Sem exceção, todos os videntes descreveram de maneira idêntica essa mesma paisagem maravilhosa.
Quando os videntes entravam nesses seus intensos transes extasiados e perdiam o contato com “este mundo”, todos foram “testados”. Feridos com canetas e pontas de faca, às vezes, sangravam. Fósforos e velas acesas eram aplicados em suas mãos e também objetos sob as unhas. Lanternas eram voltadas diretamente para seus olhos arregalados, mas as pupilas não se contraíam nem dilatavam.
Alguns recebiam tapas no rosto, sem esboçar a mínima reação. Uma rigidez incomum tomava seus corpos. Não se conseguia mover-lhes os braços e as pernas pela força. As colegas de classe de Alphonsine testemunharam-na falando em línguas diferentes: francês, inglês, kinyarwanda (sua língua nativa) entre outras desconhecidas. 
Anathalie
Uma rigidez incomum tomava seus corpos. Não se conseguia mover-lhes os braços e as pernas pela força. As colegas de classe de Alphonsine testemunharam-na falando em línguas diferentes: francês, inglês, kinyarwanda (sua línguas nativa) entre outras desconhecidas

O menino Emanuel afirmava ser o próprio Jesus quem lhe ensinara a fazer o sinal da cruz, rezar a oração do Pai Nosso, a recitar a Salve Rainha e o rosário, que em seus mistérios contempla a vida e a paixão de Cristo

Emanuel
Emanuel Segatashya, nascido em 1967, que teve visões de Jesus

Um aspecto comovente ao estudar-se em maiores detalhes o período de uma grande aparição de Maria Santíssima, são as delicadezas proporcionadas pelo Seu amoroso coração maternal. E no caso de Kibeho, também através do misericordioso coração de Jesus. Nosso Senhor Se apresentou para algumas das crianças videntes.
Como no caso de Emanuel Segatashya, nascido em 1967 em uma vila chamada Rwamiko. Seus pais eram pagãos e praticantes dos cultos animistas nativos. Nunca havia ido à escola. Toda sua família era iletrada e tinha vivido em um lugar distante, onde não havia nenhuma comunicação, nem ao menos rádio. Segatashya não sabia tampouco fazer o sinal da cruz nem o que as cruzes em torno da estação da missão significavam. 
Com 15 anos começou a ter visões de Jesus. Esse fato evidentemente chamou a atenção dos curiosos que começaram a chegar para entender o que estava acontecendo. As palavras de um humilde pastor desconhecedor do Cristianismo chamavam a atenção. Afinal, ninguém entendia como aquele menino poderia ter o conhecimento de expressões cristãs como sacramentos, penitência, pecado, amor. De onde vinha essa revelação?
O mais belo desse fato é que Emanuel afirmava ser o próprio Jesus quem lhe ensinara a fazer o sinal da cruz, rezar a oração do Pai Nosso, a recitar a Salve Rainha e o rosário, que em seus mistérios contempla a vida e a paixão de Cristo.
Tal fato, por sua própria naturalidade, é comovente e imensamente consolador, desde que Nosso Senhor realmente prossegue Sua missão de anunciar a Boa Nova aos mansos e humildes, como outrora fizera na Palestina, convidando a todos para a reconciliação com Deus através de Sua incomparável mensagem de Amor.

Por orientação do próprio Senhor, Segatashya foi batizado em 1983. O nome escolhido foi Emanuel (que significa “Deus conosco”), conforme o mesmo Jesus havia lhe pedido em uma das aparições

Emanuel adulto
O nome escolhido foi Emanuel (que significa “Deus conosco”), conforme o mesmo Jesus havia lhe pedido em uma das aparições

E mais ainda do que isso. Dando Seu penhor à Igreja erigida sobre Seu sacrifício, ao reafirmar no batismo por Ele próprio ordenado há dois mil anos como autêntica conversão ao Cristianismo.
Por orientação do próprio Senhor, Segatashya foi batizado em 1983. O nome escolhido foi Emanuel (que significa “Deus conosco”), conforme o mesmo Jesus havia lhe pedido em uma das aparições. (2)
E com isso, reafirmou, através do batismo por Ele próprio ordenado há dois mil anos, a autêntica conversão ao Cristianismo:
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,19-20)

“O fim dos tempos profetizados pela Bíblia deixa-as indiferentes e elas não se preparam nem vêem necessidade de almejar a perfeição”

Marie-Claire em êxtase. A Santíssima Virgem queixava-se de que as pessoas não prestam bastante atenção às coisas do céu. Consideram irrelevantes as verdades reveladas na Bíblia e as ignoram

A reação a esses acontecimentos tomou vulto. Devido a multidão, improvisou-se uma plataforma, de forma que todos pudessem enxergar os videntes. A Rádio Ruandesa instalou alto-falantes e passou a transmitir ao vivo as descrições dos acontecimentos e das mensagens.
A essência das mensagens era de teor apocaliptico. A Santíssima Virgem queixava-se de que as pessoas não prestam bastante atenção às coisas do céu. Consideram irrelevantes as verdades reveladas na Bíblia e as ignoram.
Nossa Senhora salientou:
“O fim dos tempos profetizados pela Bíblia deixa-as indiferentes e elas não se preparam nem vêem necessidade de almejar a perfeição.”
Em outra circunstância, a Mãe de Jesus e Mãe da Igreja queixou-se da mesma maneira como em outras grandes aparições:
“Tudo que lhes digo parece-lhes sem importância”. (3)

Inúmeros romeiros, policiais e autoridades governamentais testemunharam por escrito os inexplicáveis fenômenos solares e atmosféricos que várias vezes ocorreram

Documentário
A intervenção de Maria Santíssima está fartamente documentada, sobretudo, asprevisões da Virgem referentes ao terrível massacre

As aparições de Maria em Kibeho estão fartamente documentadas, uma vez que foram gravadas e até mesmo filmadas. Inúmeros romeiros, policiais e autoridades governamentais tiveram a oportunidade de testemunhar por escrito os extraordinários fenômenos solares e atmosféricos que várias vezes ocorreram.
Semelhante a outras grandes aparições, era possível fitar o sol sem ferir os olhos. Uma sequência de fenômenos se desenrolava. Primeiro o sol ficava azulado.
Depois, a parte superior ficava branca e brilhante a inferior, vermelha. Algo “semelhante a uma faixa” cingia o sol. Este dançava da esquerda para a direita e de baixo para cima durante uns dez minutos.
E milhares de testemunhas viam o céu sobre Kibeho passar por um encantador espectro de cores.
Durante à noite, várias vezes as estrelas dançavam e outras vezes desapareciam completamente, sendo substituídas por cruzes luminosas. 

“E agora vou lhes dar uma chuva de consagração”

Anathalie
Anathalie Mukamazimpaka, nascida em 1965 em família católica. A Virgem lhe recomendava humildade, entrega a Deus, sacrifício e oração pelos pecadores

Mas o mais significativo dos fenômenos para a região de Kibeho foram as chuvas fora de época, que amenizavam a seca que tanto assola aquela localidade.
E a idéia da chuva partiu da própria Mãe de Jesus, que perguntou a Anathalie em agosto, mês que raramente chovia.
“Por que não me pediram chuva?”

Anathalie respondeu: “A senhora disse que daria conforme Sua vontade e quando quisesse”. E a Mãe Santíssima retrucou:
“E agora vou lhes dar uma chuva de consagração”. (4)
Ao dizer isso, caiu uma tempestade iniciando assim a primeira de muitas chuvas fortes. Mesmo assim ninguém procurava abrigar-se. Milhares de peregrinos ajoelhavam-se no aguaceiro, na lama bem-vinda e agradeciam alegremente as “chuvas do Céu”. Passaram a recolher a água da chuva em todas as vasilhas disponíveis e em enormes caldeirões. E a partir dessas águas recolhidas começaram as curas.

Os videotapes, transmissões radiofônicas e testemunhos clericais, os milagres solares e as curas falavam por si

Kibeho
Desde o início a “aprovação” definitiva de Nossa Senhora em Kibeho não poderia ser posta em dúvida

Desde o início a “aprovação” definitiva de Nossa Senhora em Kibeho não poderia ser posta em dúvida.
Os videotapes, transmissões radiofônicas e testemunhos clericais, os milagres solares e as curas falavam por si.
Mesmo assim, “com base na razão e na prudência”, o bispo da arquidiocese de Butare, monsenhor Gahamanyi convocou duas comissões de estudo. Uma compunha-se por médicos e psiquiatras, a outra, de teólogos.
Mesmo antes da aprovação “uma enorme renovação da piedade”, aumento de fé e inúmeras conversões já havia ocorrido em Kibeho e por toda a Ruanda.

Em "viagens místicas", foram conduzidos pela Mãe Santíssima ao Céu, ao Purgatório e ao Inferno

Kibeho
Durante essas misteriosas "viagens místicas" os videntes testemunharam a “tristeza de Jesus” e o “fim do mundo”

Um fato inexplicável testemunhado pelas comissões de investigação era o das “viagens místicas”. Os videntes avisavam que iriam permanecer como mortos durante dias e Alphonsine chegou a pedir que “não os enterrassem”, pois estariam vivos. Disse também que não sentia nenhum medo.
Nessas viagens místicas, foram conduzidos pela Mãe Santíssima ao Céu, ao Purgatório e ao Inferno.
Ao observarem tais fenômenos, os investigadores percebiam que os videntes permaneciam como mortos por dois ou três dias e noites. Mas sinais mínimos eram detectados pelos médicos. A princípio, tomaram medidas severas para despertar os videntes comatosos. Mas nenhuma surtiu efeito.
Os médicos da comissão de inquérito, juntamente com padres, freiras, enfermeiras e outras testemunhas puderam comprovar que ao recobrarem a consciência, voltavam sem apresentar nenhum sinal de desidratação ou fraqueza, embora tivessem permanecido sem comer e beber durante o período de coma.
Porém, narravam suas “viagens misteriosas” e também “visões de horror”. Diziam que durante essas viagens testemunharam a “tristeza de Jesus” e o “fim do mundo”.

No dia 15 de agosto de 1982 cinco dos videntes principais começaram a chorar compulsivamente lágrimas de horror

Vidente
Os videntes relataram ter visto uma cena medonha de torrentes de sangue, corpos abandonados e sem sepultamento, árvores em fogo, grandes abismos que abriam, um monstro aterrador e cabeças decapitadas por toda parte

Porém no dia 15 de agosto de 1982, ao recuperarem de um êxtase que durou oito horas, cinco dos videntes principais começaram a chorar compulsivamente lágrimas de horror.
Todos relataram ter visto uma cena medonha de torrentes de sangue, corpos abandonados e sem sepultamento, árvores em fogo, grandes abismos que abriam, um monstro aterrador e cabeças decapitadas por toda parte. 
Essas revelações foram testemunhadas por cerca de dois mil e quinhentos peregrinos presentes, que ficaram bastante temerosos. Com as mesmas características, essas visões apocalípticas repetiram-se várias vezes.
O mais incrível foi que poucos anos mais tarde, as guerras entre os hutus e os tutsis fugiram a todo controle. A meta dos hutus passou a ser o total genocídio dos tutsis. Chegaram a ordenar a todos os hutus do sexo masculino de 6 a 90 anos que matassem pelo menos um tutsi. Após matá-los, deveriam decapitá-los e exibirem as cabeças como prova da façanha.
Massacre
 
Massacre
 
Massacre
Uma das razões chaves que fizeram as autoridades eclesiásticas competentes reconhecerem a aparição de Kibeho foram as visões antecipadas do genocídio em Ruanda que ocorreu 12 anos mais tarde, em 1994. Em 19 de agosto de 1982, os videntes relataram “um rio de sangue, uma incontrolável matança, corpos abandonados sem ninguém para enterrá-los, árvores em chamas e corpos sem suas cabeças”. Exatamente como ocorreu depois

Tão grande era a poluição de cadáveres de hutus e também de tutsis que os peixes morreram no grande lago de Kivu

Cidades, povoados e aldeias foram inteiramente arrasados e suas árvores queimadas.
Milhares e milhares de corpos foram abandonados e deixados insepultos. Os rios ficaram fétidos com corpos que se decompunham por toda parte. Quem bebia a água desses rios morria de febre.
Tão grande era a poluição de cadáveres de hutus e também de tutsis que os peixes morreram no grande lago de Kivu, cerca de 100 quilômetros na fronteira ocidental de Ruanda. Centenas de milhares de refugiados fugiram para países vizinhos.
Muitos países e as Nações Unidas enviaram socorro e enorme quantidade de alimentos e remédios, embora insuficientes. Milhares morreram em campos de refugiados, principalmente crianças que já sofriam de desnutrição na terra natal.
Massacre
 
Massacre
 
Crânios
 
Ossos
Estima-se que metade da população de Ruanda foi massacrada em sua pavorosa guerra civil sem precedentes

A Santíssima Virgem ainda advertira em Kibeho que a promiscuidade sexual conduziria ao desastre —e isso foi antes que o mundo soubesse sobre a AIDS. Em 1994, a África possuía setenta por cento das vítimas de AIDS de todo o mundo

Aids
Existem documentários e exposições de imagens que retratam a inconcebível do genocídio de Kibeho, mas que verdadeiramente ocorreu em pleno século XX

É surpreendente o fato de que foi a Virgem Santíssima quem aconselhou Alphonsine e alguns dos outros videntes a saírem de Ruanda antes dos acontecimentos sociopolíticos que se manifestaram depois dessas espantosas aparições.
Em 1995, estimou-se a perda populacional de quatro milhões de  ruandeses. No entanto, a contagem de corpos chegou à metade da população.
E conforme a profecia de Maria Santíssima, o apocalipse desceu realmente sobre Ruanda. (5)
Mas não terminaria ali.
A Santíssima Virgem ainda advertira em Kibeho que a promiscuidade sexual conduziria ao desastre. Isso foi antes que o mundo soubesse sobre a AIDS. Em 1994, a África possuía setenta por cento das vítimas de AIDS de todo o mundo - vilas inteiras transformaram-se em cidades fantasmas. E assim, 25 milhões de africanos contraíram AIDS. (6)

"Os homens dessa época esvaziaram cada coisa de seu sentido verdadeiro: pecam, porém não mais reconhecem que agem injustamente”

Busca
Disse a Virgem: “Quando eu digo essas coisas, eu não digo apenas a você, mas falo também a todos os outros"

No entanto, a Mãe de Jesus dissera à Marie Claire no dia 2 de abril de 1982:
“Quando eu digo essas coisas, eu não digo apenas a você, mas falo também a todos os outros. Os homens dessa época esvaziaram cada coisa de seu sentido verdadeiro: pecam, porém não mais reconhecem que agem injustamente.” (7)  
Em 1994 Ruanda experimentou os eventos mais trágicos de sua história.
O maior acampamento de refugiados estava em Kibeho.
No dia 14 de abril de 1994, todos os Tutsis que se escondiam em uma igreja da paróquia local (em torno de 4000 pessoas) foram assassinados pelas granadas que explodiam no edifício da igreja que mais tarde seria incendiado.

“Aqueles que me procuram, encontrar-me-ão…! Eu venho não somente para Kibeho, não apenas para o diocese de Butare, não somente para Ruanda... mas para o mundo inteiro”

A Santíssima Virgem disse: “Aqueles que me procuram, encontrar-me-ão…!"

Marie-Claire foi assassinada na cidade de Byumba no verão de 1994 junto com seu marido. Esta é uma prova de que mesmo quando o próprio Nosso Senhor escolhe alguém para ser Seu mensageiro, isso não significa de forma alguma uma “proteção mágica” para os testemunhos que todos devemos vivenciar em nosso mundo.
Emanuel morreu longe de Kigali. Anathalie, Agnes e Alphonsine sobreviveram a todos os horrores da guerra.
Quando Nossa Senhora mostrou às meninas as cenas horríveis dos eventos futuros, no dia 15 de maio de 1982, disse:
“Aqueles que me procuram, encontrar-me-ão…! Eu venho não somente para Kibeho, não apenas para o diocese de Butare, não somente para Ruanda... mas para o mundo inteiro.” (8) 
Nesse mesmo dia, durante a aparição de oito horas de duração, aproximadamente 15 mil pessoas estavam presentes. Todos viram um sinal que se movia no céu: Viram estrelas ao meio-dia sobre o céu africano, como se fosse noite, porém iluminado pelo sol.
Massacre
Toda a interrelação desse conjunto de fenômenos inexplicáveis bem como o exato desdobramento dos trágicos acontecimentos sobrenaturalmente previstos e devidamente documentados em Kibeho, forçam-nos a concluir que Maria Santíssima não faz Suas espantosas intervenções senão com um grave motivo de advertência

Seria a mensagem de Kibeho, enunciada pela Santíssima Virgem, um de Seus últimos apelos alertando-nos sobre o que deverá esperar a humanidade se não voltar seu coração ao Deus Vivo na pessoa de Seu Cristo?

Na verdade, toda a interrelação desse conjunto de fenômenos inexplicáveis bem como o exato desdobramento dos trágicos acontecimentos sobrenaturalmente previstos e devidamente documentados em Kibeho, forçam-nos a concluir que Maria Santíssima não faz Suas espantosas intervenções senão com um grave motivo de advertência.
Essas extraordinárias intervenções celestiais vêm confirmar que a humanidade realmente encontra-se apartada dos caminhos de Deus. E também que já estamos vivenciando o “tempo da colheita” previsto pelas Sagradas Escrituras.
Por isso, não é demais perguntar: teria sido a mensagem de Kibeho, enunciada pela Santíssima Virgem um dos últimos apelos da Mãe de Jesus sobre o que deverá esperar a humanidade se não voltar seu coração ao Deus Vivo na pessoa de Seu Cristo? (9)
Massacre
Agnes viu estes eventos horríveis e dolorosos em 1983 durante as aparições de Nosso Senhor diante de uma multidão enorme. Uma outra vidente de Maria Santíssima, desta vez Ivanka, em Medjugorje, em suas visões do dia 25 de junho de 1993, também profetizou os horríveis eventos que aconteceriam na África. Nossa Senhora havia lhe dito que começariam logo, mas poderiam ser evitados ou amenizados com as orações das pessoas. Em uma aparição de fevereiro de 1994, a Mãe de Jesus preparou Agnes em uma mensagem confidencial para os eventos dolorosos que sobreviriam. Nessa visão, a vidente viu seus pais sendo assassinados em Kibeho, o que posteriormente ocorreu

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Fontes de consulta:
1 -               SWANN, Ingo. Op. cit. pp. 357-369. 
2 -               Rwanda The Visions of Life and Death. http://mrosa.szm.sk/341998/angl/rwanda.htm - acesso em 19/09/07.
3 -               SWANN, Ingo. Op. cit. pp. 357-369.
4 -               SWANN, Ingo. Op. cit. pp. 357-369.
5 -               SWANN, Ingo. Op. cit. pp. 357-369.
6 -               Thérèse Tardif. A partir de um artigo publicado na edição de outubro, novembro, dezembro2001 no informativo “Michael”.
7 -               Thérèse Tardif. op. cit.
8 -               Thérèse Tardif. op. cit.
9 -               Cf. DEROBERT, Abbé. Apparitions au Rwanda. Paris, Editions Jules Hovine, 1984.




Os Videntes
Videntes reconhecidos:
Alphonsine Mumureke, Nathalie Mukamazimpaka, e Marie-Claire Mukangango.
Videntes ainda não reconhecidos:
Emmanuel Segatashya; Vestine Salima; Valentine Nyiramukiza; Stéphanie Mukamurenzi; Agnès Kamagaju

Sete jovens de idades entre os 14 e os 22 anos, da aldeia de Kibeho e arredores. A maioria eram moças estudantes no colégio católico local, ainda que o último a agregar-se ao grupo era um jovem que vivia numa floresta e desconhecia totalmente a religião católica: no meio do AScampo, Jesus aparece a Emanuel Segatashya de 15 anos (baptizado com este nome pelo próprio Jesus, depois da aparição). Nosso Senhor ensinar-lhe a rezar o Pai Nosso na sua primeira aparição, uma vez que o jovem não sabia rezar.
Os videntes começaram a ter aparições de Jesus e Maria de forma independente, formando um grupo com o passar do tempo, segundo as indicações que Maria lhes dava.
 
As testemunhas
As aparições deram-se no colégio que as raparigas frequentavam, diante das companheiras que ao princípio não acreditavam. Mas, ao ver as colegas falar línguas que lhes eram desconhecidas, e diante de conversões que viram, começaram a acreditar. Com o passar do tempo, os videntes começaram a ter visões colectivas no meio do povo de Kibeho que observava que entravam em êxtase diante da visão de Maria.
As aparições
Em 28 de Novembro de 1981, no refeitório da escola de Kibeho, Alfonsina Mumureke, ouviu uma vez que chamava:
Minha filha!
Dirigiu-se ao corredor e viu uma bela mulher. Descreve-a deste modo:
"Tinha um vestido branco sem costuras e na cabeça um véu também branco. Não sei dizer a cor da pele, mas era duma beleza incomparável. Tinha as mãos juntas à altura do peito, com os dedos voltados para o céu." A jovem perguntou-lhe quem era. A resposta foi: "Eu sou a Mãe do Verbo".
A experiência repetiu-se no dia seguinte, Domingo 29 de Novembro, e durante o mês de Dezembro, sempre no refeitório ou no pátio da escola. A primeira reacção das alunas e dos professores foi de cepticismo. Ninguém acreditava nela. As companheiras afirmavam que a ouviam falar noutras línguas como francês, inglês, kinyaruanda e outras que não conheciam. Muitos ridicularizavam-na. Mas, pouco depois, outros jovens afirmavam ter tido também aparições da Virgem. Segundo Alfonsina, a Virgem veio a Kibeho para preparar a humanidade para a vinda de seu filho. Alfonsina continuou a ter aparições durante um período de vários anos e afirmava ter um segredo que a Virgem lhe revelara e que não devia dizer até que ela lhe desse ordem. A última aparição teve lugar em 28 de Novembro de 1989, sete anos depois da primeira.
Em Janeiro de 1982, foi Natália Mukamazimpaka, uma jovem de 18 anos muito equilibrada e tranquila que viu a Virgem quase durante dois anos, até 3 de Dezembro de 1983.
Em 2 de Março de 1982, Maria Clara Mukamgango, de 21 anos, começa a ter aparições. Terminaram em 15 de Setembro do mesmo ano.
Mais tarde, o número de videntes aumentou, chegando a ser sete. Outras três jovens e um jovem asseguravam receber aparições de Maria e Jesus.

As jovens deviam transmitir ao mundo uma mensagem de penitência, conversão e oração sincera e fé viva, bem como deixarem os pecados de idolatria, fornicação e hipocrisia. Alfonsina ouviu Maria dizer-lhe:
O mundo está a chegar ao fim. O regresso de Jesus está muito próximo… A Rainha dos Anjos vem aconselhar-nos que nos preparemos para a vinda de seu Filho. Temos que sofrer com Jesus, rezar e ser apóstolos para prepararmos a sua vinda.
A Virgem Maria também disse aos videntes:
Vim preparar o caminho de meu Filho para vosso bem, e vós não quereis compreender. O tempo que resta é pouco, e vós estais como que distraídos e ausentes. Estias concentrados nas coisas deste mundo que são passageiras. Vi muitos dos meus filhos perderem-se e vim mostrar o caminho verdadeiro.
Durante uma aparição que durou oito horas (no meio dos habitantes da aldeia que observavam aturdidos), os jovens videntes começaram a gritar e chorar diante da visão que o Céu lhes mostrava: um rio de sangue, cheio de corpos decapitados, corpos abandonados no campo, e pessoas que se matam umas às outras.
Maria adverte que se o Ruanda não se converte, esta profecia abater-se-á sobre o povo.
Em 1994 estala a guerra civil no Ruanda. O confronto entre Tutsis e Hutus termina num genocídio que custa a vida a oitocentas mil pessoas, muitas das quais foram decapitadas e atiradas ao rio Kagera que se tingiu de sangue. Milhares de corpos foram mutilados e abandonados no campo e quase todos os sete videntes foram assassinados durante o conflito, bem como grande quantidade de sacerdotes e religiosas.
 
Aprovação da Igreja
Diante da realização clara da mensagem de Maria em 1981, a Igreja do Ruanda aprovou a aparição, enquanto durava uma perseguição contra o catolicismo iniciada pelo governo. Em Maio de 2001, D. Misago, autor da aprovação eclesiástica da devoção de Maria na aldeia de Kibeho, sob o nome de Nossa Senhora das Dores, é preso pelo governo do Ruanda.
O Ruanda apresenta a evidência física do Céu profetizando sobre o futuro da humanidade, diante do pecado que invade o mundo.
Em 1981, o mundo estava numa fase de grande temor de uma guerra nuclear, com uma tensão entre leste e oeste em ponto de efervescência. No entanto, é no mundo dos países subdesenvolvidos que se dá uma crise ligada às dívidas que estas sociedades já não podem suportar. O desnível das condições sanitárias e sociais em que vivem as nações pobre aumenta grandemente relativamente ao desenvolvimento dos países ditos do primeiro mundo. E é num desses países mais pobres que Jesus e Maria decidem conceder a graça da sua presença.
O Lugar
O Ruanda está situado no centro de África e é um dos países mais pobres do mundo com uma economia essencialmente agrícola. A maioria dos habitantes são católicos e apenas uma pequena percentagem de pessoas professam cultos africanos e outras são muçulmanas.
Durante séculos os Tutsi, fisicamente de grande estatura, dominaram os Hutus. Uma guerra civil terminou com a derrota dos Tutsi, tendo muitos deles saído para o exílio para outros locais de África.
Em 1963, os Tutsi exilados invadiram o país e ocasionaram um golpe de estado que terminou numa mortandade tremenda. Rivalidade entre os Hutus levaram a um golpe que conduziu Jevenal Habyarimana, católico, à presidência, substituindo Gregório Kayabanda que tinha governado desde há 11 anos.
Depois doutra invasão e golpe de estado pelos Tutsi, estabeleceu-se uma democracia multipartidária. Depois de muitas lutas raciais foi possível um acordo de paz em 1993, entre o governo e os rebeldes da Frente Patriótica do Ruanda, liderada pelos Tutsis.
Quando a Virgem apareceu no Ruanda em 1981, a situação era muito complexa e os conflitos étnicos pareciam em aumento, chegando a confrontações sangrentas entre as tribos dominantes. O clima que se vivia era extremamente tenso, quando Maria e Jesus irromperam entre os aldeões.

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