RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

sábado, 1 de junho de 2013

SÃO FAUSTINO E SÃO JOVITA MÁRTIRES - 15 DE FEVEREIRO - PADROEIROS DE BRÉSCIA, ITÁLIA




































Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália.

Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições.

Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano.

 As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados.

 E na Lombardia a situação não era diferente.

 Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.


Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos.


 Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo.

Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal.

Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados.


Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele.

A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno.

Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita.

Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia.

Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros.

Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana.









APARIÇÃO DOS SANTOS NA BATALHA DE BRESCIA




No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão.

 Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.


OUTRA NARRATIVA:

Foi neste ambiente hostil, de perseguição contra os cristãos, que os dois irmãos foram baptizados e se dedicaram a espalhar a doutrina de Cristo.



Ocupavam-se a visitar os fiéis que se escondiam dos perseguidores, dando alento a uns, consolando outros e fazendo o bem a todos. 








O Bispo de Bréscia (Apolónio), também ele perseguido, mandou chamar os dois irmãos e impressionado pela sua dedicação e amor a Cristo, acabou por ordenar Faustino como Presbítero e Jovita como Diácono.


Tal responsabilidade redobrou-lhes o fervor religioso e aumentaram a sua acção evangelizadora, levando milhares de pagãos à conversão.

De todos os lados vinha gente, muitos pagãos, que os procuravam para ouvir a sua doutrina, para eles estranha, mas carregada de verdade.

Tais conversões começaram a inquietar os poderes instituídos e a perseguição tornou-se inevitável!

O conde Itálico, que em alguns escritos aparece como tendo o nome de Julião, prefeito de Roma, aproveitando a passagem do Imperador Adriano nas proximidades de Bréscia, vindo de uma campanha na Gália, denunciou-os:

“são dois cidadãos de Bréscia, um chama-se Faustino, o outro Jovita, hábeis a enganar o povo, tão poderosos nas palavras e argumentos que mal os ouvem, abandonam o culto dos deuses, derrubam ídolos, pisam-nos, fazem-nos em pedaços e passam a adorar unicamente a um judeu chamado Jesus Cristo, que dizem que morreu numa cruz. E confundiram a cabeça a muita gente honrada; os templos estão desertos, e a religião dos nossos pais vai ser infalivelmente exterminada, se vós, senhor, não aplicais pronto e eficaz remédio. Saíde em defesa dos deuses, a quem deveis a vida e o Império.


Dai as vossas ordens para que sejam exterminados os cristãos”


O Imperador ADRIANO (PVBLIUS AELIVS HADRIANVS) que usava o nome imperial de HADRIANVS AVGVSTVS PONTIFEX MAXIMVS ( Adriano Divino e Sacerdote Supremo) sentiu o perigo da derrocada da religião politeísta do Império e tentou que Faustino e seu irmão Jovita renunciassem à sua fé, impondo-lhes que manifestassem a sua devoção ao deus Sol, ao que os dois irmãos responderam:


Nós adoramos o verdadeiro Deus, que criou o sol, que ilumina o mundo!”


Presos e à disposição do Imperador foram-lhes impostos os maiores suplícios; as torturas mais dolorosas, a que foram resistindo com a força da sua fé.

Conta a tradição que, lançados às feras na arena de um circo romano, nem leões, nem ursos nem leopardos os atacaram e pelo contrário se acercaram deles deitando-se a seus pés.

O prefeito que os denunciara, entrando na arena para incitar as feras, foi por elas devorado.

Outros martírios lhes foram impostos desde torturas com fogo, com chumbo derretido, a agressões bárbaras e a tudo foram resistindo!


O Imperador, pensando tratar-se de magia, decidiu aproveitar os factos e levá-los por diversas cidades do Império para divertirem as gentes nos circos.

 Foram levados a Roma, Milão e Nápoles mas quem apreciava o seu sofrimento e ouvia as suas palavras acreditou no poder de Deus que se manifestava nos dois mártires.

Estas viagens contribuíram para a conversão de muitos pagãos e até o seu carcereiro Colocero abraçou a nova doutrina e acabou por morrer mártir da sua fé em Cristo.



 MARTÍRIO DOS SANTOS FAUSTINO E JOVITA


Percebendo finalmente, que nem as ameaças, nem as torturas demoviam a vontade dos dois irmãos, o Imperador Adriano ordenou que fossem decapitados o que ocorreu no ano 122 da nossa era cristã.


As Imagens

 São Faustino, Fridão.


São várias as imagens de S. Faustino e Jovita e algumas mostram-no, à semelhança da imagem de Fridão, ostentando numa mão um livro aberto e uma pena na outra.



A pena e/ou a palma do martírio são aliás, uma presença constante em quase todas as imagens que se conhecem.


O Culto

São várias as localidades onde está enraizado o culto de S. Faustino, por vezes aliado ao do seu irmão Jovita e terá sido trazido para a Península Ibérica, por romanos convertidos, aquando da Romanização.


Na Idade Média ter-se-á enraizado e permanecido vivo até aos nossos dias.


Em pequenas capelas ou em Igrejas de maior ou menor valor arquitectónico o culto de S. Faustino continua vivo, em Itália, em especial em Bréscia, sua terra natal e em Portugal, em diversas localidades de norte a sul do país:


Fridão (Amarante);Viariz- Baião; Tabuaço (Viseu) e ainda em Vizela, Gueifães (Maia), Peso da Régua, Boliqueime (Loulé) e em Folgosinho (Gouveia -distrito da Guarda) e possivelmente noutros locais que não consegui referenciar.

RELICÁRIO
COM OS FÊMORES DOS SANTOS,
EXPOSTO APENAS NO DIA DA FESTA EM BRESCIA



Ó DEUS,
QUE NOS CONCEDEIS A ALEGRIA DE CELEBRAR ANUALMENTE
A FESTIVIDADE DOS VOSSOS SANTOS MÁRTIRES FAUSTINO E JOVITA,
FAZEI COM QUE, ALEGRANDO-NOS COM OS SEUS MÉRITOS, NOS DEIXEMOS INFLAMAR COM OS SEUS EXEMPLOS.
POR NOSSO SENHOR.
AMÉM




APARIÇÃO DOS SANTOS SALVA A CIDADE DE BRESCIA
NA BATALHA.



PELA INTERCESSÃO DOS VOSSOS SANTOS MÁRTIRES FAUSTINO E JOVITA,
 DEFENDEI-NOS DE TODOS OS PERIGOS, SENHOR!




OUTRA IMAGEM DE S FAUSTINO


 MARTÍRIO DOS SANTOS

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