RÁDIO MENSAGEIRA DA PAZ

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Beato Antonio Etíope ou Santo Antônio de Categeró



A Vida de Categeró
Um sinal profético de compromisso com os pobres


Na atormentada história da Europa da primeira metade do século XVI, encontramos a vida de Antônio, o Etíope. Nascido em Barco de Cirene (Líbia) de família maometana, religião que ele professou até que, por um acidente providencial, foi capturado e deportado para a Sicília, em Siracusa. Foi comprado como escravo por um agricultor de Avola, um certo John Landanula (ou Landolina) que lhe confiou seu rebanho. John percebeu que aquele seu servo era bastante inteligente, de coração sincero, de índole nobre, honesta, e respeitosa. Então exortou-o, pela palavra e pelo exemplo – a renunciar ao Islã pela fé cristã – projeto cujo êxito confiou à providência divina. O servo bom mostrou-se prontamente disposto à
catequese, embora ainda quisessem investigar a nova religião que ele pretendia abraçar o mais rapidamente possível.
Foi batizado pela Igreja e passou a chamar-se Antônio em homenagem a Santo Antônio. Adorava os pobres, fugia do ócio e passava seu tempo de folga do trabalho, em oração. Dedicou-se em nome de Jesus e nunca falhou para corrigir qualquer um que usasse o nome de Deus em vão. Alimentava em si um espírito constante de arrependimento dos pecados recorrendo à dor, no primeiro período de sua vida.
Durante os 38 anos em que viveu no território avolense desfrutou de uma reputação de homem exemplar, sóbrio e, com sua caridade, conquistou os corações de toda gente. Ele costumava vir regularmente a partir da campanha avolense à Igreja de Santa Venera bem vagaroso para a confissão e comunhão. Também para alimentar a lâmpada do santuário, no altar de São Tiago Apóstolo, ele cuidava as flores e conseguiu enriquecer o altar com um frontal e um par de castiçais. Don Nicholas Cascone, que por muitos anos foi seu confessor em Santa Venera, disse: “Tony tem progredido de virtude em virtude e de bom para melhor, tem praticado como um filho espiritual durante 15 anos, e eu o tenho avaliado um homem caridoso, paciente e casto, zeloso no serviço de Deus e não vi nele a mínima falha, por menor que fosse.” Enquanto isso, o fazendeiro John casa dois de seus netos com dois irmãos de Noto: Vincent e Michele Giamblundo e como parte do dote dá-lhes seu rebanho e o escravo líbio, recomendando muito que o tratassem muito bem. Desde então, Antônio viveu em Noto com seus novos proprietários que lhe indicam as pastagens onde levar as ovelhas e onde construir um galpão e o nomeiam capataz -chefe dos pastores para o rebanho numeroso da grande propriedade de Celso. Este ofício Antonio irá exercer com precisão e grande bondade para com os pastores subordinados, incentivando a honestidade profissional. Mesmo neste novo ambiente a vida de Antonio ocorre com o mesmo ritmo de trabalho e oração.
Em consideração às qualidades sobrenaturais e aos milagres que tanto admiravam em Antônio Etíope e temendo manter como escravo um amigo de Deus, Michele e Diamblundo Vincenzo deram-lhe a liberdade: “ por sua bondade e vida santa, e porque é muito caridoso e paciente”. Os quatro anos de serviço voluntário, depois de obtida a liberdade, são também vividos com dedicação por Antônio, sem descuidar quaisquer dos deveres de zammataro.
“Livre da escravidão doméstica, dedicou-se ao voluntariado no hospital de Noto. Assistia diariamente à missa e participou de um grupo de oração. Leu a vida dos santos, muitas vezes, um incentivo para imitá-los. Ele queria imitar, especialmente, a vida do Beato Conrad Piacentino: vestiu por isso o hábito de terceiro franciscano, recebido das mãos do guardião do convento de São Netino Jesus e Maria e se retirou para o deserto de Pizzoni, onde levou uma vida mais angelical que humana. Nas vezes em que Antônio veio a Noto, o povo saiu às ruas, alguns para vê-lo, outros para beijar sua mão e muitos para recuperarem-se de uma doença. Disseram aqueles que o tratavam familiarmente: “Nunca o vi zangado, mesmo quando provocado, em vez disso, mostrava-se mais leve e calmo para que todos se maravilhassem.” Um dia ficou doente, em Noto. Sentindo seu fim chegando, quis receber os sacramentos e entregar a alma devotamente a Deus e o fez em 1550, a 14 de março.
Seu corpo foi enterrado, por sua própria vontade, na igreja desse convento de Observantes Menores. Tanta estima e devoção popular para o negro ermitão humilde, recebeu a admiração do histórico Netino Littara Vincent (1550-1602) que nasceu no ano de sua morte, então a ele cantou: “Você admira o etíope, guardião purzo vezes e de uma solução pacífica, para dispor seu corpo submetido à escravidão de que ele tinha plena consciência. Embora tivesse todos os membros de seu corpo em cor escura tinha a alma mais branca que a neve. Apenas a realidade corresponde ao teste de como um verdadeiro crente dizendo “direito de etíopes continuarás na fileiras do Senhor” (Salmo 67). Será o grande número de milagres que ele intercederá. Contanto que confiou à Igreja a guarda de seu corpo em uma arca de madeira. Não é digno ser privado de um culto voltado para sua veneração ” “O ano de 1599, 13 de abril: no reconhecimento – seu corpo foi encontrado intacto e incorrupto.
Na vida e depois da morte foi conhecido por muitos milagres. Era chamado de “o negro” pela cor de sua pele, sendo ele filho de pais Africanos. Foi anunciado como Santo Negro pela distintiva santidade de sua vida.” Em 1611 é dada licença para divulgar a imagem com a auréola de beato. No século XVII, o exemplo de sua vida é proposto principalmente para os negros escravizados no Brasil, vindos da África: lá é chamado de “Santo António de Categerò” (ou Cartagenès) por sua origem Africana. Em 24 de janeiro de 1978, na igreja S.Maria de Jesus, em Noto, o bispo Mons.Salvatore Nicolosi faz o reconhecimento canônico da ossada do Beato Antônio Aerthiopis, doando o braço direito à paróquia de Nossa Senhora do Ó, em São Paulo (Brasil)

Quem é Categeró?Um escravo etíope assumido pela Itália de Noto e Ávola
Santo António de Categeró tem sua festa comemorada em 14 de março – previsto no calendário oficial do Vaticano, sendo essa a data de sua morte. Também é comemorado a 8 de janeiro, data em que se batizou (a mesma data atribuída a Jesus) e que ele considerou como seu verdadeiro nascimento. Foi um escravo que se tornou santo. Nasceu na Cirenáica, uma região do norte da África, no fim do século XV. Na terra natal praticou a religião chamada Islamismo, fundada por Maomé.
Depois, capturado como escravo foi levado para a ilha da Sicília, sul da Itália e vendido para um amo cristão. Naquele tempo o escravo era comprado por um valor equivalente ao valor de dois cavalos. Bom e humilde, Antônio era chamado de Tio António. Foi instruído pelos patrões sobre a vida e a missão de Jesus Cristo.
Desse conhecimento de Jesus passou a amar o nosso Salvador e pediu para ser batizado. Tornou-se cristão. Não foi, porém um cristão comum, muito menos, um cristão relaxado. Praticava a lei de Deus com todo o fervor. Amava a Deus, procurando estar sempre com Ele por meio da oração. Procurava conhecer também a palavra de Deus na Bíblia. Orava muito, até durante a noite. Sempre se confessava e recebia Jesus na comunhão. Como a vontade de Deus é amemos também nossos irmãos, ele amava realmente o próximo.
Primeiramente, era muito trabalhador, cumprindo sempre as ordens de seu patrão, que o encarregou de cuidar das ovelhas. Depois, tinha amor pelos pobres. Pedia ao povo da cidade onde morava, a cidade de Noto, esmolas e distribuía pelos pobres, alimento e roupas.Ajudava aos pobres também distribuindo leite e queijo das ovelhas. Uma vez o patrão o proibiu de dar leite e queijo para os pobres. António obedeceu. Então a produção diminuiu bastante. O patrão viu que ia tomar prejuízo.Mandou então que António continuasse a atender os pobres.E as ovelhas continuaram a produzir como antes, para alegria do patrão. Deus deu a António o dom de fazer milagres, de modo especial de curar pessoas. Muitos o procuravam para alcançar a saúde.
António humilde, dizia que ele não passava de um simples escravo do Senhor Jesus, só Deus tem poder de curar. Impunha as mãos aos enfermos, rezava e Deus curava. Depois de sua morte continuou a fazer muitos milagres. Até hoje temos testemunhas de muitas pessoas que alcançaram grandes graças por intercessão de Santo António de Categeró.Era rigoroso observador dos dogmas e chamava a atenção de quem com ele estivesse que cometesse algum ato atentatório à doutrina Cristã. Não tolerava o uso indevido do nome de Deus em vão. Um rosário e um crucifixo eram seus permanente companheiros tornando-se sua identificação pictórica para imagens e estampas.

Santo António de Categeró, que tem a sua festa comemorada em 8 de janeiro, foi um escravo que se tornou santo. Nasceu na Cirenáica, uma região do norte da África, no fim do século XV.
Na terra natal praticou a religião chamada Islamismo, que foi fundada por Maomé. Depois, capturado como escravo, foi levado para a ilha da Sicília, sul da Itália. Aí foi vendido para um senhor cristão. Naquele tempo o escravo era comprado por um valor equivalente ao valor de dois cavalos. Muito bom e humilde, Antônio era chamado de Tio Antônio. Foi instruído pelos patrões sobre a vida e a missão de Jesus Cristo.

A devoção no Brasil através das Igrejas
Sua devoção foi trazida para o Brasil em 1699, para Salvador/Bahia, na Matriz de São Pedro, onde foi fundada sua primeira irmandade. Logo em seguida os escravos construíram uma igreja a qual queriam para patrono o Beato Antônio de Categeró. Havendo impossibilidade dessa pretensão, a igreja foi entregue para Nª Sª do Rosário, no Pelourinho, também em Salvador, hoje sendo um dos pontos turísticos da Capital da Bahia, no Brasil. É uma devoção que já conta com 313 anos de existência e a partir dali, Salvador/Bahia percorreu o Brasil.
Em Pernambuco existem três imagens que sabemos:Goiania – Museu da Cidade; Recife – Convento da Penha e a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.
No Rio de Janeiro existem  algumas devoções Católicas Romanas bastante  antigas, centro antigo da cidade  Igreja da Lampadosa, Igreja de Santo Elesbão e Santa Efigênia,  e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência (onde há um complexo cultural e museu sacro) e na cidade de Campos na Igreja NªSª da Conceição; Ainda no Rio de Janeiro, no bairro da Penha aParóquia Nossa Senhora da Anunciação, Católica Ortodoxa Grega (onde há um pequeno museu do Beato Antônio de Categeró).
Em Minas Gerais, não o sabemos na Capital Belo Horizonte, mas há 9 cidades interioranas e periféricas que possuem imagem do Beato. São elas: Vila Rica – Igreja de Nossa Senhora do Rosário; Passos – Paróquia São Benedito; Milho Verde – Igreja Matriz Nª Sª dos Prazeres; Baldim – Igreja ou Capela não identificada; Ouro Preto – Igreja de Santa Efigênia; Sabará – Paróquia Nossa Senhora do Rosário; MG/São João Del Rei – Igreja da Irmandade do Rosário; Tiradentes – Igreja Rosário dos Pretos; tapecerica – Igreja Nª Sª do Rosário.
No Estado de São Paulo, também existem devoções antigas. Há abundância de igrejas com imagens do beato em templos católicos Romanos, como: Igreja das Chagas do Seráfico Pai São Farncisco (ordem 3ª) ou também da Penitência; Capela de Nª Sª dos Aflitos;  Igreja da Irmandade de Nª Sª do Rosário dos Pretos;  Igreja de Nossa Senhora da Acripta;  Igreja de Santa Cruz das Almas Enforcadas;  Igreja de Santa Edviges;  Igreja de Santo Amaro;  Matriz de Nª Sª do Ó todos na Capital. No Interior: Ilha Comprida – Capela Santo Antônio de Catigeró e Itu – Igreja de Nossa Senhora da Candelária; Há ainda na cidade de São Paulo um Santuário de igreja católica Brasileira, com uma ampla gruta, fora da igreja principal, dedica ao Beato Antônio de Categeró.
Na região Sul do Brasil no Estado de Santa Catarina, Florianópolis  a Igreja de São Francisco. No Estado do Rio Grande do Sul quatro igreja de Porto Alegre e duas no Interior. Canoas – Igreja São Paulo Apóstolo; Capão da Canoa – Igreja de São José; Porto Alegre – Igreja de São Carlos; – Igreja São Francisco de Assis; – Paróquia Nossa Senhora das Graças e – Santuário de Nossa Senhora Aparecida;
Este é um rol de locais de devoção que não inclui uma série de locais como empresas, quartéis e particulares que mantém altar para devoção pública. Em Salvador na Bahia está há mais de 300 anos, já no extremo sul do Brasil está há quatro décadas. Mas é um fenômeno sua expansão no território brasileiro haja vista que, apesar de franciscano, não é levado por essa ou outra  ordem religiosa. O desenvolvimento de sua fé já atinge os países de língua espanhola da América Latina.

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